sábado, 26 de junho de 2010

Seu braço


Sobre seu braço tenho muito que dizer.
Digo que sem ele nada existiria.
Me faz querer ser abraçada, me sentir protegida, querida, amada.
Aquela tatuagem grande, como só os bons braços podem ter.
Revelam que não é apenas um braço é um braço que abraça.
Envolve.
Acelera.
Pega.
Agarra.
Suga.
Aperta.
Sem este braço, talvez eu não entendesse nada.
Não sentisse nada.
Sem ele a vida seria caidinha, sem emoção.
Ah! Que braço.
Como me despedir dele?
Como deixar de pensar nele.
Me pega.
Me segura com ele?
Me agarra.
Mais uma vez.
Não me deixe ir.
Me prenda nele.
Para sempre.
Olha que eu vou.
Estou fugindo deste braço.
Por hoje eu fujo, amanhã choro, me arrependo e volto.
Cuide dele. Não deixe outra ser apegada a ele como eu.
Não envolva mais niguém nunca mais.
Me dê ele de volta.

Eu só queria ser amada


Queria o seu amor não só seu corpo, queria seu toque suave, não aquele apressado, queria me sentir o tempo todo feliz assim como quando estou com você.
Já sabia as regras antes de te amar, a regra era não me apaixonar, não, nunca. Mas violei a regra número 1, a regra que me mantinha viva nesta história. violei a minha regra sagrada, meu escudo foi perfurado por um sentimento que não tenho como negar, é, amo você.
Amo seu jeito sacana, seu roupão preto, seu cheiro doce. Amo seu gosto de whisky, sua casa cinza, seu sono profundo, seu braço tatuado, seu nariz arrebitado.
Eu sei, eu sabia das regras. Tá. Mas posso falar? Eu amo e pronto. Não jamais direi isso para você quando estiver por perto, digo quando me afasto, de costas, bem baixinho, no banheiro, no escuro, quando fecho a porta, quase que falo isso mentalmente para você não me ouvir e dizer: " Você sabia das regras". Sabia, sabia sim, mas aconteceu. Culpa sua. Quem mandou ser especial, ser além de amante, amigo, confidente de coisas inconfessáveis. Quem mandou rir comigo das minhas bobeiras, quem mandou me convidar para desejos secretos, estranhos, somos cúmplices, pode ser meu cúmplice neste amor? Ok. Violei a regra número 1. Mas qual era a número 2? Não tinha, era a única e violei sim. Não tinhamos outras regras, tínhamos? Eu seria capaz de violar todas para poder dizer. Amo você. Amo sim. E agora. Sei que é tarde. Amo você 16 anos depois do prazo estipulado, vai não violei a regra assim de repente sem te avisar, dei um tempo vivendo na regra da regra, imposta por nós, na regra para esta história acontecer. E agora que violei ela? Vai fazer o que? Me prender? Vou dizer, olha que digo. Amo você. Amo, amo, amo. Diga. Você já pensou em me amar?